6 de dezembro de 2011

E de tudo que ficou ...

Hoje eu descobri que nada é pra sempre. Mas que até chegar ao fim a gente vive e aprende muita coisa. E eu aprendi. Aprendi e vivi. Fui feliz, chorei, sorri, me diverti, me emocionei. Me apaixonei. Não tenho vergonha nenhuma de dizer isso. De dizer que dei tudo de mim pra que desse certo. Mas não deu. Ou talvez tenha dado, mas não da maneira que eu imaginava...
O fato é que eu conheci e me aproximei de uma pessoa que merece toda minha admiração, apesar de tudo.
Até hoje eu ainda me pego com o olhar perdido, admirada, quando vejo ele ajudando alguém. Parando suas atividades em prol dos necessitados. Me pego admirando o homem que não mede esforços pra ajudar seus amigos e até mesmo desconhecidos. Eu não me apaixonei pelo homem, mas pelo seu caráter. Pela sua personalidade. Pela sua índole. Eu espero que você não perca sua essência, que é o que você tem de mais bonito. Que você não se deixe corromper pelas durezas e dificuldades da vida. Que o que você tem de melhor permaneça vivo dentro de você.
E de tudo que foi perdido ou não foi vivido, só tem uma coisa que eu espero que não morra entre a gente: a nossa amizade e cumplicidade. O falar sem medo, se abrir sem reservas, se mostrar por inteiro. A confiança.


24 de novembro de 2011

Coisas impossíveis de definir


O que é isso que eu tô sentindo ?

Que me faz sair de casa no meio da noite só pra ter algumas horas de sono mal dormido ao lado dele; Que faz meu coração disparar quando vejo uma certa placa de carro na rua; Que torna as minhas quintas-feiras longas e intermináveis; Que tem tomado todos os meus pensamentos ultimamente; Que me deixa ansiosa quando o celular toca na esperança de que seja ele...

Ele que me liga no meio da madrugada, tira meu sono e, ainda assim, consegue me deixar feliz. Ele que me arranca sorrisos e me faz carinho. Ele que faz os pelos do meu corpo se eriçarem com um simples beijo no pescoço. Ele que me aconchega no frio e no medo. Ele que me irrita por não saber me ouvir, mas que é o homem com quem eu me sinto segura. Ele que dá um sorriso capaz de fazer meu coração parar por um milésimo de segundo.

16 de novembro de 2011

Me responde ?

[...] Eu não tô abrindo mão de você.
Porque a gente só abre mão do que tem;
e eu nunca tive você.


Eu tenho tentado responder a um monte de perguntas nos últimos dias. Perguntas que tem me machucado, que tem me tirado o sono e o sorriso do rosto. Perguntas que ninguém quer me responder. E cada vez que eu tento pensar nelas uma sensação ruim começa a me tomar por dentro até chegar ao ponto de eu chorar, chorar ininterruptamente.
Talvez seja meu subconsciente me preparando para a sentença.
E é horrível pensar nela.


16 de outubro de 2011

Meu bem



Deu uma vontade enorme de escrever pra você meu bem.

Pra você que chegou de mansinho, como quem não quer nada - ou não queria nada mesmo - e me conquistou. Tomou seu espaço dentro do meu coraçãozinho.

A gente se vê tão pouco não é meu bem? Quase não dá pra matar a saudade...

E falando em saudade, é nessas horas que dá saudade de alguns meses atrás, quando éramos apenas amigos e passávamos horas conversando sobre nossas vidas, nossos problemas, nossas dúvidas, tristezas e alegrias.

Não que tenhamos perdido essa relação especial e bonita de amizade, pelo contrário, hoje você é uma das pessoas que mais confio e considero como amigo. Mas o tempo realmente não tem sido nosso aliado. Mesmo assim a gente tenta aproveitá-lo da melhor maneira possível, não é verdade?

Ah meu bem... tanta coisa a ser dita, tanta coisa que não foi falada por falta de tempo ou oportunidade ou mesmo por vergonha e medo. Eu queria dizer o quanto você é especial pra mim, o quanto sua presença se tornou importante em minha vida, que te ver feliz é suficiente pra ganhar o meu dia.

Queria te dizer que enquanto outras pessoas acham que as suas loucuras são um defeito seu, pra mim, são motivo de diversão garantida.

Queria te dizer que, mesmo dormindo mal às vezes, só o fato de ter você do meu lado, de sentir o seu cheiro e dormir em seus braços são motivos mais que suficientes pra esquecer as horas de sono mal dormido.

Queria te dizer o quanto eu te admiro. Que eu acho você, com o perdão do termo, um cara da porra! Dedicado ao que você escolheu ser, à essência de sua profissão, que é ajudar as pessoas. Dedicado aos seus amigos, à sua família. Um caráter que até hoje eu só vi em poucas pessoas.

Queria te dizer o quanto é prazeroso cuidar de você, e você sabe do que eu estou falando, aliás talvez só você saiba. Coisinhas que só pertencem a nós dois.

Enfim meu bem, tem tanta coisinha que eu gostaria de te dizer todos os dias, mas eu me limito a dizer que eu amo você. E nessa frase, acredite, tem muita coisa implícita, intrínseca: amo como pessoa, como homem, como amigo. O amor na sua forma mais pura, sem complicações.
Apenas amo.

22 de setembro de 2011

2 . 1

Agora é oficial; maior de idade!


Dizem que na hora de apagar a vela a gente tem que fazer um pedido. Ontem eu não pedi nada, apenas agradeci a papai do céu. Por tudo. Pela minha vida, minha saúde... Mas, principalmente pelas pessoas que me acompanham nessa caminhada.

Em primeiro lugar à minha família. Pessoas que a gente não escolhe. Ganha de brinde quando nasce. Sabe aqueles ovos de páscoa que vem com uma surpresa dentro? É assim com a nossa família. A gente nunca sabe o que vai encontrar. Mas eu tive sorte. Muita sorte, a propósito. Tenho pais excepcionais, um irmão maravilhoso, uma sobrinha linda...


No entanto, hoje meu agradecimento é direcionado não àqueles que já estavam destinados a conviver comigo, mas àqueles que escolheram estar presentes na minha vida. Pessoas que fazem parte do meu dia-a-dia, que iluminam meus dias com apenas um sorriso. Que compartilham suas vidas comigo e me permitem fazer parte delas. O maior presente que eu poderia receber hoje eu já tenho todos os dias: o carinho de vocês. Muito obrigado!

Sérgio, Iara, Breno, Maria Eduarda, Padre Hélio, Padre Cid, Marilene, Geisa, Meu bem, Nina, Vanesssa, Gabi, Clara, Renata, Manuela, Nara, Cristina, Celinha, Ivanildo, Ceinha, Itana, seu Raimundo, Wilke, Rebeca, Carol, Indy, Nataline, Tainá, Thayane...



... e tantos outros que não foram citados mas nem por isso deixam de ser significativos.

21 de agosto de 2011

Debaixo do tapete


"Acreditar em esperança é abrir uma
janela bem no meio do seu desespero"
Vanessa Leonardi

Sempre acontecem coisas que me magoam mas eu acabo deixando pra lá, abstraindo. Isso não significa que eu superei, pelo contrário, elas ficam ali, aguardando o momento certo pra atacar. O momento em que eu estiver mais vulnerável, mais sensível.

É o que tem acontecido nos últimos meses. Talvez bombardeada soe um pouco dramático demais, mas é assim que eu tenho me sentido há algum tempo. Bombardeada. Pelos outros, pelos problemas dos outros, pelo egoísmo das pessoas, pela falta de honestidade e companheirismo, pela mesquinharia; coisas tão pequenas e insignificantes, mas que se acumularam e tomaram uma proporção gigantesca.
Eu fui enfiando tudo isso debaixo do tapete, como aquela sujeira que a gente tem preguiça de colocar pra fora.
Justamente hoje, eu passei pelo tapete e senti uma elevações estranhas, senti uma pontada no peito, como um aviso. Lembrei-me do que se tratava: todos os podres que eu havia enfiado ali embaixo com medo de encará-los ou apenas por achar que eram insignificantes demais pra encará-los. Um pequeno desespero se apossou de mim momentaneamente. E mais uma vez não tive coragem de levantar o tapete e colocar toda aquela porcaria pra fora dali. Tenho medo.
Medo de de encarar tudo isso. Não tenho condições de encarar tanta podridão, tanta sujeira. Fazer isso vai ser como abrir uma ferida para limpar. Vai doer e eu preciso estar preparada para a dor. E esse ainda não é o momento.

15 de julho de 2011

Minha avenca

"[...] Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?"


Caio F. Abreu

5 de julho de 2011

Porque foi necessário



"És o meu segredo ou eu sou o teu?"

Clarice Lispector



Por alguns meses eu acreditei piamente que você era uma semente que eu plantei sem muitas pretensões de ver crescer, mas que me pegou de surpresa quando eu "tive que abrir todas as portas para que você crescesse livremente", tomando todo o espaço disponível.
Durante algum tempo eu me senti aquecida e feliz com a sua presença, era tão bom dormir e acordar ao seu lado. Sentir seu cheiro exalando pelo quarto. Minha plantinha... tão linda quando sorria pra mim!
Mas o tempo passou, hoje vejo o quanto você cresceu. Tomou tanto espaço que me deixou sem escolha. Passou a me tomar o ar. Eu já não era mais eu. Já não sentia por mim, já não tinha vontades. Era por você, pra você.
Dizem que quando a gente se apaixona doa tudo que tem. Eu sou assim. Doei tudo que eu tinha; meu tempo, meus pensamentos, meu corpo, minha alma. Mas estar apaixonado, não é abrir mão dos próprios desejos, das próprias vontades. É dividir uma vida, um sentimento. Hoje eu vejo isso. Mas pra chegar a essa conclusão, precisei podar minha plantinha. Respirar um pouco de ar puro, pra clarear as ideias.
Vou continuar te regando sabe, não posso deixar que morra. Mas não vou cometer o mesmo erro deixando que cresça livremente, sem limites. Quando eu sentir que tá muito grande, corto um pouquinho aqui, um pouquinho ali...

Tô respirando aliviada!

29 de junho de 2011

Felicidade efêmera



Tenho me questionado sobre a felicidade [...]



Uma felicidade que chegou aos poucos, mas que ao mesmo tempo me consumiu rápido. Me envolveu como o fogo envolve as folhas secas. O fogo que, outrora labareda, aquecia tudo ao seu redor, se tornara brando. Hoje só restaram as cinzas e uma fumacinha que tem me incomodado.
Dizem que o vento é capaz de reascender o fogo...




Meu bem, você acredita em finais felizes?

10 de junho de 2011

Meu tempo pra você


É muito bom chegar em casa e saber que vou encontrar você sempre disposta a me ouvir, a me entender, a aturar minhas confissões repetitivas, minhas dúvidas e inseguranças. Você tem paciência pra me ouvir e, sempre me dá opiniões relevantes.
Você é meu contato com o meu lado adolescente; sem preocupações. Com o que os outros pensam, principalmente.
Meu lado ainda imaturo, que muitas vezes tenho que deixar escondido no canto, porque a necessidade de ser madura é latente. A necessidade de ser mulher, de ser responsável e sempre pensar nas consequências dos meus atos. Com você eu sou mais criança, mais moleca, mais inconsequente. De uma maneira boa, é claro.
Conviver e dividir a minha vida com você durante um ano foi essencial para o meu crescimento e o meu auto-conhecimento. Você me ensinou muitas coisas. A gritar, por exemplo. Coisas que pra qualquer outra pessoa, parecerá besteira. Mas que, pra mim, são significativas.
Te agradeço por ter feito parte da minha vida, por ter entrado nela, e espero, do fundo do meu coraçãozinho que não saia.

Só tenho mais uma coisa a te dizer: espere o meu tempo. As coisas acontecem quando tem que acontecer. ESTE foi o MEU momento de escrever para VOCÊ, Renata Reis.

8 de junho de 2011

Eu não acreditava...


... em frio na barriga, borboletas no estômago e coração acelerado. Até você aparecer.

Quando eu vejo um carro igual ao seu na rua me dá um frio na barriga, aí eu olho a placa e, veja só, não é o seu. O frio passa.
Quando o celular toca, você é a primeira pessoa que me vem na cabeça, as borboletas dançam no estômago. Mas veja só, não é você. As borboletas param subitamente.
Desisto.
E então... uma buzina. Expectativa. O frio na barriga volta, as borboletas arriscam saltos mortais e o meu coração acelerado dá um solavanco e... para. Silêncio.
Você aparece na minha porta e me dá um sorriso, aquele tão lindo que faz covinha e os olhos somem.
Por um milésimo de segundo vejo todo o mundo passando diante de meus olhos, mas nada do que vejo tem mais importância. Você é o MEU mundo naquele momento.

1 de junho de 2011

Deixa eu te dizer...




"Deixa eu te dizer [...] que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver nascer uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente."

Caio F. Abreu


Você entrou devagarinho na minha vida. Assim como quem não quer nada. Tomou um espaço que eu não julgava possível. Já faz quase quatro meses mas, parece que foi ontem...

Parece que foi ontem que eu te achava um meninão. Um cara que cresceu demais e continuava com a cabeça de guri; hoje vejo que é apenas uma camuflagem pra amenizar as dores adquiridas pela estrada.
Parece que foi ontem que tivemos uma conversa estranha e nos desentendemos na porta da igreja; hoje nos entendemos bem até demais.
Parece que foi ontem que você me disse que eu era nova demais; hoje você diz que sou muito mulher.
Parece que foi ontem que nos beijamos a primeira vez e eu achei teu beijo babado; hoje, esse mesmo beijo me excita e não, não é babado.
Parece que foi ontem que você não era nada pra mim.

Mas veja como são as coisas, hoje eu sinto sua falta como se você fizesse parte de mim há muito tempo. Sinto falta do seu sorriso, aquele tão lindo que faz covinha e os olhos somem. Sinto falta do seu cheiro de banho recém tomado. De deitar no seu peito e me sentir segura. De estar ao seu lado e esquecer o mundo. De rir, rir muito e de tudo. De dormir no seu abraço e acordar sendo beijada por todo o rosto. De poder confiar em alguém de olhos fechados.


O que fazer com esse sentimento que me obrigou a abrir as portas que eu tinha fechado por tempo indeterminado?

8 de maio de 2011

Enfim a calmaria...


Quando nos vemos envoltos por tempestades, tormentas e uma neblina densa que nos deixam vulneráveis e incapazes de enxergar um palmo à nossa frente, o desespero se apodera de nossos corações.
Isso é normal.
Mas este desespero é temporário. Cessa. Por mais que que seja difícil e vez ou outra queiramos desistir de tudo, jogar tudo pra cima, temos que ter em mente que tudo passa.
Até o dia mais cinzento, a tempestade mais forte, a neblina mais densa, um dia cessa. E por trás de grossas nuvens o sol brilha fraco a princípio, singelo. Mostra um sorriso de canto de boca, humilde. Trazendo com ele a ponta de esperança que nos faltava. O suspiro de energia que precisávamos para recomeçar.
Quando tudo está resolvido, enfim, ele resplandece. Gigante. Uma bola de fogo que ilumina tudo, ofuscando nossos olhos. Trazendo a certeza de que tudo está bem.

A calmaria, não importa quanto tempo demore, um dia ela chega.




Obs: Todos passamos por fases difíceis. Mas eu aprendi que por mais dificuldades que tenhamos, não adianta se desesperar, um dia tudo passa. Não importa quanto tempo demore. Fica a dica!

27 de abril de 2011

Tudo passa


Ultimamente meus pensamentos estão envoltos por uma neblina densa, que não cessa.
Impedindo-me de ver as coisas com clareza, sem confundí-las. Impedindo-me de sentí-las como realmente são.
No entanto, mesmo a neblina mais densa, que borra nossa visão a noite inteira, eu sei que pela manhã o sol brilhará intenso, afastando qualquer sinal de que ela tenha existido um dia.

Enquanto o dia não amanhece e o sol aquece minh'alma, eu fico aqui, quietinha, esperando tudo passar.
Porque, como já dizia Chico: "Tudo passa".

24 de abril de 2011

Cumplicidade


Era uma noite típica de agosto; fria, agradável. Tinha acabado de chegar de viagem. Havia passado 3 semanas em Vitória, ES. Participando de um Congresso de Direito Criminal. Sou Delegado.
Estava exausto. 5 horas de vôo, mais 2 de carro. Tudo o que queria era um bom banho e a minha cama. Minha mulher com certeza estaria me esperando com o jantar pronto e toda disposição pra conversar a noite toda. Eu amava minha mulher, e adorava passar noites em claro conversando com ela. Mas hoje não.
Quando abri a porta de casa, me deparei com um cheiro característico. Molho de tomate com manjericão, o meu preferido. Segui o cheiro e cheguei à cozinha, onde ela fazia os últimos preparativos. Usava uma bermuda jeans, um pouco folgada. Havia emagrecido¿ Uma camiseta branca que contrastava com a cor de sua pele, morena. Haviam pequenas manchas, respingos de molho em sua roupa. Ela era tão desastrada...
- Oi filho! Como foi a viagem¿
- Tudo bem... Cansativa. Vou tomar um banho tá¿
- Não demora! Fiz aquele nhoque com molho de tomate e manjericão que você gosta!
Dei-lhe um beijo rápido, mas intenso e fui tomar um banho.
A água estava morna. Relaxante. Me senti bem melhor. Mas ainda cansado.
Vesti um short de seda e fui até a sala de jantar onde Elena me esperava.
- Como foram esses dias por aqui filha¿
- Tudo bem. Nenhuma novidade.
Pensei ter visto uma ruga de preocupação em seu rosto, mas afastei esse pensamento. Estava faminto. O cheiro do molho havia me dominado.
[...]
Depois do jantar ajudei-a com a louça. Fui pra o quarto e me deitei na cama. Ela tinha ido tomar banho. Devo ter cochilado alguns minutos. Quando ela saiu do banheiro estava vestida com uma camiseta branca meio transparente, colada em sua pele ainda molhada. Ela adorava usar roupas brancas porque contrastavam com sua pele. E sabia que eu adorava também. Usava uma calcinha branca, estilo cueca. Pra alguns, aquilo parecia broxante, mas pra mim, era excepcional. Os cabelos molhados, pingando sobre a camiseta, sentou-se na cama pra passar óleo no corpo.
- Eu já te falei o quanto eu te amo¿
- Bom, a última vez que disse isso foi antes de viajar.
- Eu amo você filha.
- Eu também te amo filho. Você sabe disso.
- Posso passar isso no seu corpo¿
- Claro...
- Mas tem que tirar a roupa.
Ela levantou e despiu-se na minha frente. Ver aquela mulher despindo-se daquela maneira, sem pudor, sem vergonha, não posso negar, me deixava muito presunçoso.
[Quando começamos a namorar ela ainda era virgem, coisa rara pra os tempos de hoje. Cheia de pudor e medo. Só depois de dois anos de namoro ela perdeu a vergonha. Hoje olho pra trás e acho cômico. Só namorávamos de luz apagada, eu não podia fazer muita coisa, ela achava tudo falta de respeito. Como ela me diverte... ]
Ela deitou-se de bruços na cama, eu me sentei ao seu lado, peguei o óleo e comecei a passar nos seus pés, massageando cada ponto, sua panturrilha, suas coxas. Cheguei no seu quadril, ela estremeceu um pouco. Eu ardi de desejo. Passei pelas suas costas, me demorando um pouco mais nos seus ombros, estavam tensos. Talvez aquela ruga que eu pensei ter visto mais cedo realmente exista, mas afastei novamente esse pensamento. Não era momento pra preocupações.
Pedi que virasse de frente.
Seu rosto estava avermelhado. Havia desejo em seu olhar. Beijei-a. ela retribuiu. O desejo tomou conta de nossos corpos. Quando dei por mim éramos apenas um. Eu desejava aquela mulher de uma forma inumana. Era como se eu nunca fosse me cansar dela, do seu corpo, do seu cheiro, do seu toque, dos seus gemidos, das suas expressões de prazer. Ela dominava todos os meus sentidos.
Chegamos ao clímax ao mesmo tempo. O que parecia impossível pra alguns casais, pra gente era constante. Estávamos conectados. Uma orquestra afinada. Uma harmonia perfeita.
Seu cabelo grudava no suor da testa. Seu rosto estava em brasa. Seu olhar era terno. Calmo. Distante também. Parecia mais velha¿
Abracei-a, dei –lhe um beijo na testa. Dormimos.



P.S.: Este texto foi escrito há algum tempo, mas eu sinto como se não estivesse completo. Não consegui finalizá-lo.
Vou continuar tentando.

18 de março de 2011

E ele se foi...


Ficaram as lembranças...

Lembranças de uma noite de cócegas e risadas;
De uma noite de bebedeira e descontração;
De uma noite de velocidade e adrenalina;
DE uma noite de sofrimento e conforto espiritual;
De uma noite de prazer mútuo.

Ficou o vazio...

O vazio na cama sem ele ao meu lado;
As noites mais frias sem o seu corpo pra me aquecer;
Não ter seu número pra ligar todas noites e passar horas ao telefone;
Não ter mais sua voz excitante ao meu ouvido.

Ficou o aprendizado...

O aprendizado de que ninguém muda ninguém;
De que as pessoas não ajem da mesma maneira que eu;
De que a reciprocidade de sentimentos não é uma regra;
Mas, acima de tudo, de que antes de amar alguém, eu preciso me amar primeiro.

Não ficaram mágoas ou ressentimentos. Só o desejo profundo de que ele seja feliz. De que ele encontre uma mulher que o faça feliz. E que o ame tanto quanto eu amei.

14 de março de 2011

Fui ser feliz e não volto


Eu admiro pessoas otimistas. Não é o meu caso, diga-se de passagem. Eu me encaixo mais no hall dos realistas tendenciosos ao pessimismo.
Sou meio conformada com a minha ‘sorte’- abre um parêntese pra uma observação, eu acho que estou assistindo demais O Clone.
Me contento com pouco. Sou feliz com poucas coisas; coisas simples. E parando pra pensar me contento até mesmo com poucos sentimentos. Com migalhas. Mas essa já é outra parte da história.
Uma pessoa me disse uma vez: “As coisas sempre podem melhorar.” Ele disse que era uma teoria de vida que ele segue – não me recordo ao certo, era algo tipo chinês ou japonês, sei lá. Admiro. Mas não consigo olhar por esse viés. E o mais engraçado é que realmente pode ficar melhor. Preciso abrir mais um parêntese; no texto original, eu falo que a mesma pessoa que me falou sobre essa teoria de vida, é o melhor pra mim. Contudo, hoje tenho uma ideia diferente e precisei reescrever tudo daqui pra baixo.
Enfim, dando continuidade... De fato, sempre pode melhorar. Eu cheguei à conclusão que eu não preciso estar com alguém pra ser feliz. Eu não preciso necessariamente ter alguém comigo. Um companheiro. Não vou ser hipócrita e dizer que posso viver eternamente sem um homem. Mas, no momento, e é do que estou falando, eu não preciso de homem pra alcançar a minha felicidade. É claro que se existe um príncipe encantado, perfeito, que me complete, que me queira ao seu lado, me respeite e goste de comer o que eu gosto de cozinhar, será muito bem-vindo. Mas, enquanto essa peça rara não aparece...
Tenho projetos; de estudo, de trabalho. De dedicação ao que me deixa feliz e ao que eu gosto. Dedicação não apenas à vida material, mas também à vida afetiva; minha família, meus amigos.
Conclui que preciso repensar a minha teoria de vida. Deixar de ser tão metódica e organizada. Deixar as coisas fluírem. E, acima de tudo, acreditar que as coisas sempre podem melhorar. Não é Rodrigo?
Uma frase ficou martelando na minha cabeça a tarde inteira, mais uma vez não me recordo direito. Abre outro parêntese, minha memória tá péssima. Nota mental: preciso fazer algo a respeito. Fecha parêntese. Voltando a frase: “Estou me livrando de tudo que me deixa infeliz, me atrasa e retém. Fui ser feliz e não volto.” É mais ou menos por aí. Quando eu souber de verdade eu corrijo. Mas é isso. Fui ser feliz e não volto.

3 de março de 2011

Vamos amar mais


Quando mais nova pensava que encontraria um amor pra vida toda... Que tolice!
Hoje penso diferente. Durante toda a minha vida eu amarei várias vezes, várias pessoas, de várias maneiras.

Amei meu primeiro namorado;
Amei meu segundo namorado;
Amarei meu terceiro namorado(?);
Amo minha família;
Amo meus amigos;
E ainda tem aqueles que estou amando. Sim, porque só o tempo será capaz de dizer que os amo. O amor mais puro, aquele que nada consegue destruir.
Amo de maneiras diferentes, pessoas diferentes. Mas isso não quer dizer que banalizei o amor, pelo contrário. Tornei-o mais presente em minha vida.
Vamos acreditar mais nas pessoas. Vamos amar mais!

27 de fevereiro de 2011

Nunca deixe escapar um amor muito especial

"Muitas vezes quando nos apaixonamos parece que nada mais tem importância à não ser pensar naquele alguém, esquecemos de nós mesmos para viver a vida do outro e quando nos damos conta, perdemos muito tempo sem se olhar bem fundo no espelho e gostar de si mesmos e principalmente nos respeitar. Por que se não gostarmos de nós, como será possível alguém gostar e respeitar os nossos sentimentos? Sem saber que devemos nos amar e nos permitir a felicidade, sim porque ela está em nós, apenas em nós e assim podemos compartilhá-la com o outro. Em certos momentos parece que o amor anda fugindo da gente, mas nunca deixe escapar um amor muito especial: o amor próprio!"



(Aldenir Queiroz)

25 de fevereiro de 2011

Amor próprio


"Parei de tratar com prioridade quem me trata como opção."

Cansei de dar valor a quem não me quer;
Tem muita gente que tá na fila me esperando.
Cansei de me humilhar atrás de alguém que me ignora;
Vou atrás de quem me dá atenção.
Cansei de ficar em segundo plano;
Quero ser prioridade, pelo menos uma vez.
Cansei de ser apenas uma acréscimo à felicidade de alguém;
Quero significar a felicidade de alguém.
Cansei de me contentar com migalhas;
Eu mereço mais.
Cansei de amar demais os outros;
Vou me amar mais.
Cansei de viver a vida dos outros.
Quero viver a minha vida!

Minha PequeNina


"Por que será que 1:30 da manhã eu não estava com sono, ou melhor, estava com sono mais não conseguia dormir, enh Mari?"

Ela sabia que eu não conseguia dormir, ou melhor, ela sentiu;
Às vezes ela me assusta.
Ela consegue me decifrar de uma maneira tão fácil que nem eu consigo;
Ela me entende.
Ela apara minha lágrimas;
Ela sempre me dá colo.
Ela é meu contato com um mundo que eu desconheço;
Ela me acalma.

Obrigado por ter entrado na minha vida. Você não sabe o bem que me faz.

23 de fevereiro de 2011

Decidi tentar reerguer o meu castelo de cartas


Decidi tentar reerguer o meu castelo de cartas. Tem sido uma tarefa difícil...
[...]
Quando vi aquele vento forte, tão rápido, tão voraz, destruindo tudo em poucos segundos. Tudo que eu me esforcei tanto pra construir. Que eu dediquei tanto tempo e paciência, me desesperei. Vi todo um esforço jogado fora, descendo correnteza abaixo.
Antes de tentar reerguê-lo, precisei me recompor, precisei de um tempo comigo mesma, precisei ficar em paz.
Busquei auxílio na natureza, no silêncio perfeito de uma manhã fria e de céu azul anil. No cantar dos pássaros na varanda. Na perfeição de um novo dia. Estar em contato com a natureza me deixou tranqüila, renovada. Pronta pra encarar qualquer situação.
Ergui a cabeça e resolvi seguir em frente. Precisava tomar uma decisão. Ou retomava tudo do zero, ou deixava pra trás aquele sonho. Cabia agora a mim, decidir se o sonho ainda era viável.
Sim. Não só era viável, como era o que eu ia fazer.
Estava ciente de que seria tudo mais difícil. Eu estava com marcas ainda abertas por ter visto tudo desmoronar. Pior, as cartas estavam danificadas. Feridas. Como iria fazer pra consertá-las¿ Realmente, seria tudo muito difícil. Mas eu não vou desistir. Não vou me entregar. Ainda não.

Castelo de cartas


Há três meses eu venho construindo um castelo de cartas.
No começo foi fácil, era um passatempo gostoso. A primeira fileira foi moleza. Algumas cartas um pouco teimosas e resistentes, mas enfim montei.
A segunda fileira foi mais complicada. Os obstáculos apareceram. Ventos fortes ameaçaram destruir tudo. Mas, eu consegui.
Há pouco tempo dei início à terceira fileira de cartas. Foi bem tranqüilo, acho que a experiência adquirida nas duas anteriores facilitou tudo. Com um pouco de tolerância e paciência, cheguei ao fim da terceira fileira.
Hoje olho pra trás e vejo que o passatempo passou a tomar todo o meu tempo. De uma maneira inimaginável. Em pouco tempo eu estava totalmente dominada pelo desejo de dar continuidade ao meu castelo de cartas. Não queria parar na terceira fileira. Queria expandi-lo. Torná-lo grandioso.
Infelizmente, hoje uma ventania forte derrubou o que eu tenho construído com tanto esmero e dedicação.
Hoje, me deparo com todas as cartas espalhadas pelo chão.
Não sei se o castelo será reerguido. Só o tempo dirá.

15 de fevereiro de 2011

Meninos não choram


Ele parecia uma criança indefesa. Chorosa. Acuada.
Nunca pensei viver pra presenciar aquela cena; um homem forte, um tanto machista, derramando uma lágrima de dor.
Em volta por meus braços, se encolheu. Como se aquele ato pudesse amenizar sua dor.
Nunca me senti tão impotente. Tão inútil.
Ao vê-lo tão vulnerável, dei-me conta do quão sensível ele é.
A pose de durão é apenas uma camuflagem para sua verdadeira essência [...].

11 de janeiro de 2011

Ano novo, tudo novo!


Tantas coisas novas em apenas uma simbólica passagem de ano...
Promessas são feitas, outras desfeitas; Promessas de um ano melhor, de sucesso, de prosperidade, de realizações...
Votos são renovados; Votos de amor eterno, de paixões avassaladoras, de amizades duradouras...
Este ano não fiz ou desfiz nehuma promessa. Ao contrário, vou deixar as coisas acontecerem à sua maneira.

O que eu fiz realmente, foi renovar meus votos.
Meus votos de amor eterno com minha família;
De amizade duradoura com aqueles que me acompanharão sempre, mesmo que distantes.
E de uma paixão avassaladora, que chegou de repente e me conquistou de uma maneira inacreditável.
2011 chegou com ar de renovação. E eu entrei nele de cabeça...

"Aponta pra fé e rema!"
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