A única face do amor

"Se o amor é fantasia, eu me encontro

ultimamente em pleno carnaval."

Vinicius de Moraes

Há pouco tempo me vi num dilema: Três diferentes escolhas à minha frente; qual delas seria a certa? Ou a menos errada?

O passado que me atormentava e me tirava o sono, na verdade nada mais era do que um sentimento mal resolvido. Amor sim, de amigo.

Este já não me acompanha mais.

A matemática, outrora complicada, mostrou-se uma equação fácil de ser resolvida: apenas uma questão de priorizar escolhas; crescer sim, estagnar nunca.

Esta fora descomplicada.

Por fim, resolvi baixar a guarda e me permitir mais, descobrir novas possibilidades. Resultado: estou cada vez mais envolvida nessa teia de novas descobertas. Em um êxtase total

Antes um possível futuro, hoje, um presente certo.

Nem sim nem não

Não sei se sinto raiva ou tristeza, dor ou medo.

Não sei o que estou sentindo. É estranho. Não consegui definir meus sentimentos.

Só sei que estão presentes. Intensamente.

Meu olhar transparece minha angústia.

Queria sumir. Ir pra algum lugar em lugar nenhum...

Apenas comigo mesma, ou melhor, sem a minha companhia.

Ficar sozinha pra pensar. Ou pra não pensar em nada.

Hoje acordei naqueles dias em que tanto faz. Nem sim nem não. Talvez.

Cinzento e triste

Hoje estou como o dia: cinzento e triste.
Não sei se acordei assim ou fiquei assim ao ver que o dia,
outrora ensolarado e limpo, tornara-se cinzento e triste e...

Vazio.

Era isso! Achei a palavra que define como eu realmente estou. Vazia.
Sem substância. Descomposta. Despida.

Quero um sentido pra minha vida. Uma certeza maior do que a de que eu morrerei um dia.
Será que estou em uma crise existencial?